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terça-feira, 15 de julho de 2008

Memória da lágrima desprendida.




Peso da memória.

Palavra-menina na mente casta.
Compulsivamente aflita. Alimento integral... derivadas emoções.


Saudades da fantasia abandonada.
Máscaras estilhaçadas pelo calçadão (de mármore..?)

Palhaço gigante, perna-de-pau. Olho de vidro, nariz colorido
Delírio na imaginada cena improvável.

Musicalidade redobrada, reluz a redoma florida das tardes...

Musicaos, saias plissadas, art nouveau

Sorrisos e casulos de amor.

A temperatura caindo progressivamente congela as mãos,
que buscavam o outro brinquedo, indevido, leviano plano.
O sexo dos anjos... dos loucos...
Corpos procurando fusão nuclear. Fissura, adicção, bipartição.

LPs riscados, empilhados no canto da sala, vazia

O girassol migrou e se transmutou.

O vinho carregado com tantos olhares sedentos...

mochilas nas costas, caminhadas e pernas insandecidas,

festivais de ilusões nada programadas.

Campos abertos à composição do sereno,
aos vícios, ao charme e à doçura. Cazuza, Chico, Capitus, refrão de bolero.
Lou Reed, Led, Lobão... e mais corações psicodélicos...
O sono breve das cabines voadoras e intimistas...

a companhia de Clarice,
entre fórmulas mágicas estruturais
em cirandas obtusas
transbordando o néctar da percepção
no advento do iluminismo revisitado.

Imagens recortadas, remontadas.
Coração em chamas, me chama de volta?
Agora a menina surda enxerga como a chama da vela

consumira o etéreo conhaque de forma tão rápida...

enquanto orquídeas intrépidas
cintilavam
no vazio do infinito da noite

no espaço crepuscular
embalando a cadente poesia
da vida, que ali, acontecia.





Trilha sonora:

The end - The Doors
Touch me - The Doors
Speak to me - Pink Floyd
Kashimir - Led Zeppelin
Amor - Secos & Molhados
Ave, Lúcifer - Mutantes
Desculpe, babe- Mutantes
Lei do sonho de um vagabundo - Casa das Máquinas

Última lágrima - Secos & Molhados

(João Ricardo)

Sigo sozinho
Bem devagar
Que estou com pressa
De chegar
Já faço parte
Parte menor
De um olho grande
Cego de vez
Prego uma peça,
Talvez
Ou faço pior
Digo uma asneira
É pecado
Não sei de que lado
Vou morrer
Vivo sorrindo
Morto de medo
Que a ultima chance
Vem cedo
Mas mesmo assim
A ultima lagrima
Não há de cair de mim.



Saudosismo a todo vapor.
UEL.
Com doses homeopáticas de ilusão e leveza... nossa linda juventude.


Crédito de Imagem: "Liberdade" - Rosa Lapinha


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