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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Voilà le portrait sans retouche*



Paralisada, mas com olhos atentos
Logo estarei de volta
Pela eternidade desta viagem

Logo volto!

Sem mãos aflitas

Com olhos de luzes
Que observam o desmanchar da noite.



Alguém tentou desesperadamente
Sentir algo decente
...

Vento novo, flores e cores
...
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente

(retirado de A inocência do prazer - Cazuza)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Trapaças*

Ali, parada
espremida entre paredes invisíveis
a compressão de uma mente
que brinda à insanidade

Ali, extasiada
pela significação de um maior amor
a expansão de uma mente
que recria a intensidade

Com passos tortuosos
respiração ofegante, com sutil deselegância
sôfrega e sincera
sem distinguir se é o caminho
sem definir se é mesmo o caminho

Deixei a composição,
a vela acesa,
o disco arranhado, ainda com agulha
a palavra sem rascunho,
e um silêncio imaculado
esgotado
em minutos reavaliados.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Doce invenção


Bala de goma, ciranda de pedra
Arco-íris aquarelável
com nuvens de algodão-doce
Doce pequeno ser
na aurora da fantasia
Doce sabor de pureza
em uma terra de gigantes
sonhadores
Fadas sobrevoam
a areia iluminada pelos
olhos de luzes
Notas musicais
malabares em árvores
a transformar
silenciosas taturanas
em bolhas mágicas, borboletas
Voa, em doce balão azul anil
desprenda confetes em lágrimas
Seja livre!

domingo, 2 de novembro de 2008

Longe dos olhos, perto do fogo


Fora da ordem dos sentidos
Rompendo agora, com o mundo

Estou à parte, divagando

Em uma atmosfera sem estrelas,

em um universo embrutecido.

Serenamente, te vi partir

Em segredo, espero ver tua sombra incandescente

Na água de tão límpida cachoeira.


Desejo arrancar a punhaladas cósmicas

Esta minha espera fora da ordem

e da lógica
Desejo arranhar o céu e tornar a água da chuva

letal ao meu coração

Desejo dilacerar o que quer que esteja aqui dentro,

em um silêncio perturbador
com a verdade de minha alma.

Pois o que desejo, ainda não tem nome
O que desejo, escapa-me pelas mãos,
salta e torna a bala perdida...
O que desejo foge do controle
e do maniqueísmo das relações
O que desejo está em mim, e não contigo,
aonde quer que esteja.

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De repente vi que o que buscava

não haveria de ter mesmo um nome

nem classificação alguma

Pois atônita fico, ao simples sentir

com minúsculas ações que me emocionam

com os olhos de luzes, das fabulosas crianças
Pois emotiva sou, em minha veste

camaleônica e viva

Para quem desejar,
cuspo o fogo com o nascer do dia

Para quem caminhar,
teço os segundos em flores
jasmínicas coloridas
Para quem sonhar,
lanço-me em nuvens crepusculares, livre
Para quem parar, não digo nada
Deixo que fique e dali veja o impossível.

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Trilha sonora: NUDE - Radiohead


Don't get any big ideas

They're not gonna happen

You paint yourself white
And feel up with noise

But there'll be something missing

Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails

...
Don't go, you'll only want to come back again.



sábado, 1 de novembro de 2008

A insônia despercebida


Ouve quem pode... o resto brinca de sono-fantasia!