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terça-feira, 12 de abril de 2011

Sobre a carne


Jung queria ser malabarista, poeta, socialista. Queria na ânsia de ser, esquecer e aprender a voar. Entre partículas esfumaçantes de seu noodles de arroz, sentia o aprazível calor entre poros, um mormaço crescente que tomava parte de seus movimentos. Sem sofreguidão e, não menos sincero, observava o circular de corpos humanos, porcos, caprinos, bovinos, em uma sanguínea visão da animalização racional. Razoável seria sentir os respingos de sangue fresco entre flechadas cravadas numa tábua de madeira maciça, para reverberar os fatos. Sangue puro e espesso, impregnado entre mesas com cadeiras distribuídas aleatoriamente, sob a luz de um interrogatório hitchcockiano.

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