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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Protesto!

Gostaria de um dia entender o que se passa no coração das pessoas. Que caminho árduo até a verdade! Por que existe esta tendência à difamação? À inverdade? À ludibriar a intuição alheia e execrar dos seres a menor possibilidade de ter sido mal-interpretado? Não entendo... Se não se busca nada, pode-se ter 2 caminhos: a verdade e a mentira. Mas se estou pedindo nada menos que a verdade, não existem tantos caminhos que não sejam corruptíveis.

Escrevo agora um desabafo-protesto para o desapego. Preciso me desapegar da mania de mentira do outro, mesmo quando ofereço afago com minhas mãos ansiosas. E permito-me repassar os detalhes de meus atos, para tentar enxergar além dos meus conceitos.

Expressar opinião para mim não é julgar. Não sou nem nunca servi como modelo social. Talvez nem acredite nestes. Como poderia falar e agir de acordo com o que sinto e penso fazer sentido, se não for por meio de uma opinião ou emoção sobre um acontecimento? Pensava ser intolerante com as pessoas, mas sinto-me idiota e ingênua por acreditar que as pessoas me falam a verdade, quando as olho nos olhos, e a peço.

Sonhei não ter medo ou receio da verdade, sem pensar que a verdade é algo muito raro e velado para o geral das pessoas, independente de crenças, gênero, estilo ou casta, seja lá o que isto significa. E sinto o sabor da perdição na maldade inconseqüente, no sentido de ganhos e perdas, neste jogo social que tanto esgotei. Na imaturidade para ouvir e jogar limpo. É demais?

Não suporto a idéia que as pessoas dissimulem tanta coisa! Existem aquelas que preferem a omissão, a reinvenção de histórias em um formato de quadrinhos borrados. No entanto, sempre fui muito transparente com relação às minhas expectativas com as pessoas com quem convivo. Desejo a verdade no ar que respiro.

A verdade! Sabe como é? Não sabe, não é mesmo? É mais fácil e curto o caminho do faz-de-conta. Faz-de-conta que eu te respondo o que me perguntas. Faz-de-conta que eu escutei e digeri o que foi dito. Ah..!

E quando se pensa "ah, vai saber qual a formação que esta pessoa teve?"... pensa-se "ele deve conviver em um meio onde a representação seja comum". Ou cresceu com valores dissecados. Imagine a surpresa! Nada disso. A pessoa parece sensível, com valores familiares sólidos. Doce até. O doce mais fajuto e embolorado. Que arda a cada passo nesta brasa que afunda. Porque o inferno mora ao lado, e o diabo nosso interior espreita o coração fraco e frio dos seres ditos "humanos".


Aline Stürmer

15 de setembro de 2008

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