quarta-feira, 3 de setembro de 2008
O insustentável peso de nuvens meteóricas...
Até que pensei que seria mais pesado?
Ou a bandeja aumentou?
Serva fiel? Negativo!
Leal sim, sem a menor dúvida.
Eqüilibrista.
Tentei em vão a lucidez dos meus segundos.
E mesmo assim, a claridade traduziu o giro
por detrás do giro.
E o que se viu foram sombras ao avesso.
Letras voadoras
presas delicadamente à estratosfera
e ao fogo consumido pelos olhos.
Minhas mãos guardam marcas,
e não é do peso sustentado
do que já se esvaiu pelo vento
Marcas como papéis amassados
guardando os desenhos secretos
do desejo, do lirismo
de meu ser feminino.
Meus ombros estão fortalecidos
pelos olhos-janelas em cores diversas
Um coração que sustenta
em pilastras ilusórias
divisor de águas
intermitente e com tantas curvas.
Consigo sentir o calor brando
da chama acesa pela simplicidade da vida
Enquanto meu corpo cruza
com tentativas de flechas
pelo lado sombrio do caminho
Enquanto danço
com passos insanos e profundamente reais
pelo lado ensolarado do descaminho.
Flutuo. Eu e o mundo!
Sem fuga do caos
Sem desejo de olhar para o que ficou estacionado,
acenando em minhas costas
Sem eterno retorno.
Apenas a singela visão luminosa
do ponto concêntrico
onde encontro a pedra preciosa e selvagem
deste único instante.
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