No meio do caminho, o abismo. Eu não sei pular, nem correr. Eu sei apertar minhas mãos no frio congelante. Sei espremer cada olho para que nenhuma lágrima caia ali, nenhuma água venha a umedecer a terra, nada para plantar nem ver crescer. Eu estava ali, de corpo presente. Mas meus pensamentos e sentidos já haviam viajado pelo vento há tempos... Uma gota cristalizou o néctar do desespero. A angústia gritando e arranhando a garganta. Meus lábios vermelhos e ansiosos pela grande hora. Eu estava ali. Numa lucidez assombrosa. A pele brilhava e refletia a iluminação do Deus-Sol. De alguma forma eu estaria interligada com os astros...
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