segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Dissolução
Em busca de um porto
que abrigue a alma e o coração bandido
Um porto de pedra, cercado por areia movediça
que engula o ópio, o ócio, o cio da terra
digestão combustiva pelos ares
de um céu carvão anil
Em busca de nuvens
que desfaçam a formação de margens
Não há um só caminho,
uma única direção contínua...
existe o entorno, e mil voltas em saias flutuantes
em um céu rubro escarlate
O contraste é pouco, tamanho da obra humana
O porto não existe, acima do imaginário
A palavra já fora pronunciada, em tempo disforme
A música cintilou em um grito de espanto
E hoje não existe nada que recrie
a ordem, as linhas, ou as margens.
Está tudo em uma suspensão metafísica
Esperando que o ar seja apenas ar
sem espaço, e sem letras revestidas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário