O olho na fenda
espaço recriado
formas compostas
compondo a solidão humana.
O olho na fenda
e a luz que ressurge
trazendo à tona
o vazio e os percalços
a liquidez
a busca
por outro olho, em outra fenda
(secreta)
Sem controle
e sem devaneios
sem morada
sem jogos de azar
O ermitão caminha
e busca o seu topo
(no interior da caverna)
Busca imagens nas sombras
lúdicas formas de expressar
púdicas formas de sofrer
e amar
O ermitão busca a sinestesia
de seus passos
de suas mãos tateando por luz
de seus lábios recitando
o temor e o ardor
das palavras
reais e inconsumíveis
A luz pela fenda
Os olhos de outra alma.
Referência: Fuera de Control
Curta-metragem de Sofia Carrillo (México, 2008)
19o. Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário