O velho com corpo já derreado pelo tempo
pelo peso carregado de almofadas... de pedra
sentado, no centro da Terra
no topo do mundo
criando a ilusão que não seria de óptica
cria distâncias e arrebenta a corrente que fere a carne
a pele descama, pedaços se soltam
e solitária a mente flutua neste espaço...
O céu não trouxe o acaso
em um prato fino de porcelana branca...
as emoções que o faziam chorar
E depois que a noite chega, cala em um silêncio
que nem a dor visceral consegue traduzir...
transmite a história marcada no reverso
do caminho...
o caminho...
que surge discretamente imponente
no canto do quadro divinamente natural
E traz calor... aquece e dilata
o acalanto do espírito
antes castigado e ressequido
agora aberto e renovado
sincero...
Por fora não existe decomposição
Apenas o processo que sugere e digere
translada e transfigura
nas marcas de um rosto fragmentado
duvidoso
e que carrega em cicatrizes mapeadas
as marcas dos sentidos.
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