De volta ao mundo as abstrações
Ouvir o som das folhas secas
do seu movimento não pré-meditado
Sentir o sol por frestas da vegetação, sombras a brincar
que mudam com a intensidade da minha alma
Cada passo se torna poesia
assim como o buraco negro de seus olhos...
que me convidam a uma viagem desconhecida
que cegam e me revelam ao mesmo tempo
o mundo imaginário dos sonhos.
Não, eu não quero acordar agora.
Quero ficar assim, em transe
com os olhos fechados, braços abertos,
deitada sobre as flores da nova primavera.
Em transe, por um instante ou segundo que seja
a expressão do infinito
a dimensão deste momento de incomum delicadeza.
Onde o mundo por inteiro envolve, consome, se dissolve
no ser, amor, no pretérito imperfeito de todas as coisas.
Imagem: Inês Gato II
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